Sunday, March 20, 2011

Casino








Seja porque a crise tomou contornos mais nítidos ou porque o desespero é tal, o certo é que os casinos estão hoje mais cheios do que nunca... Gente nova, de mais idade, ricos que querem ficar mais ricos ou pobres que esperam não ficar mais pobres - todos eles são atraídos para o jogo.
Vocês que lêem isto estão a pensar o seguinte: se eu estou tão a par disto é porque frequento casinos, certo? Não vou mentir... O jogo no casino sempre "agitou aquele bichinho" dentro de mim, ou não tivesse sido a palavra "dinheiro" uma das primeiras pronunciadas por mim, segundo a minha mãe. Óbvio que me atrai o facto de poder ganhar uma grande quantia (o mesmo já não digo do Euromilhões, onde nunca jogo), mas o que mais me atrai ainda, é aquela magia própria do local: as cores, o ambiente, os sons das slot machines (pena que agora já não são com moedas, mas com tickets...) Se alguém souber de casinos onde ainda seja com moedas, é favor dizer!
O jogo bancado também tem o seu fascínio, bem como a arte de o saber jogar (ainda estou a iniciar-me). Mas nada como as máquinas, e sorte ou não, saio de lá sempre a ganhar, ainda que não com quantias avultadas... Para isso teria de investir mais, e não estou disposta a isso. Gosto de lá ir para passar um bom bocado, divertir-me e meter umas notas enquanto tiro outras. Sei bem os meus limites, de modo a nunca sair de lá a perder. O mal é aquelas pessoas que começam com grandes paradas e depois vão perdendo, perdendo, e na ânsia de recuperar o dinheiro perdido, jogam ainda mais... A partir daí, é uma espiral descendente até ficar sem nada.
Se no jogo bancado a sorte tem um grande papel, já nas máquinas, é mais uma questão de probabilidades, embora claro, a sorte também favoreça uns em relação aos outros. Mas andar a escolher máquinas e a controlar o jogo dos outros - é aí que começa a doença! O jogo deixa de ser saudável quando se torna uma obsessão, para a qual se vive unicamente. Pena que os casinos estejam sempre conotados pela negativa, pois para quem sabe os seus limites, podem constituir um passatempo como outro qualquer.
Aloha

Saturday, March 12, 2011

Como o tempo passa...

A minha vida mudou radicalmente no curto espaço de 1/2 anos. Não vou dizer que para melhor nem para pior, mas para algo diferente. Quem diria, há 2 anos atrás, que eu iria estar a viver no Alentejo? E melhor que tudo, a adorar? Como as coisas mudam, como o tempo passa...
Há pouco mais de ano e meio a minha vida era pacatamente passada entre Cascais e Lisboa (só quando tinha MESMO de ir à faculdade) e as minhas tarefas consistiam, para além de estudar, em ir ao ginásio, passear pela praia (quase todos os dias), ir ao cinema... Enfim, aproveitar o melhor do que a vida tinha. Claro está que, como nunca trabalhei (aquele trabalho de Verão que tive uma vez não conta), a disponibilidade financeira era limitada, mas ainda assim, com o dinheiro que recebia e aplicava, bem gerido, ainda dava para muita coisa. As responsabilidades a meu cargo eram tratar dos gatos e da casa (sempre ajudei a minha mãe em tudo, desde aspirar, tratar do jardim, lavar a loiça...) - bastantes, se comparadas com as de muitas amigas, uma vez que grande parte do tempo estava sozinha em casa.
O convite recebido para ir para o Alentejo (primeiro como estagiária e depois como contratada) foi recebido com alguma cepticidade e inflexibilidade da minha parte. Deixar de ir ao ginásio? Não poder ir ao cinema sempre que me apetecer? Ter de fazer as compras todas até às 20h? E fazer isto tudo sozinha? Quer dizer, eu fazia quase tudo sozinha, mas não tinha a meu cargo a responsabilidade de pagar as contas e gerir TOTALMENTE a casa. Foi uma aventura, que correu bem desde o início, pois não só já estava preparada desde há muito, como também pude contar com a ajuda total da minha mãe (para os primeiros tempos mais difíceis, para as mudanças...).
Agora, passado este ano e meio, olho para trás e sinto saudades da minha "antiga" vida, passada em Cascais, com os amigos de sempre, nos sítios de sempre. Vou lá sempre que posso e sempre que me apetece, porque também adoro o local onde vivo e tudo o que me pode proporcionar, em especial a mim, grande amante da Natureza - caminhadas com amigos, passeios fotográficos, BTT pelo mato... Estou a fazer o trabalho que gosto, tudo tem corrido sobre rodas, fiz novos e bons amigos (sem esquecer os de sempre, obviamente) e habituei-me a algo tão diferente daquilo a que estava habituada. Tenho vários projectos pessoais em mão, e estou feliz da vida. Não podia pedir muito mais!
Continuo a dizer: há que saber aproveitar tudo o que temos no local em que estamos. Porque hoje estou aqui, e amanhã quem sabe... O que interessa é o presente e o nosso estado de espírito ;)
Aloha